Talibã avança nas principais cidades afegãs. Tropas americanas e inglesas dão apoio nas evacuações
Estados Unidos e Grã-Bretanha anunciaram na última quinta (5) que enviariam soldados para o Afeganistão para ajudar na retirada de civis. Isso em resposta aos avanços dos militantes que estão afrouxando o controle do governo afegão sobre o país. A Grã-Bretanha enviou cerca de 600 soldados e o Pentágono 3.000 homens.
Nos arredores de Cabul, as maiores cidades do país estavam próximas de serem tomadas pelo Talibã. “A queda de grandes cidades é um sinal de que os afegãos apoiam o Talibã”, disse um porta voz do grupo, de acordo com a TV Al Jazeera. O Talibã foi derrubado pelos pelos EUA em 2001, após os ataques de 11 de setembro.
As Nações Unidas advertiram sobre uma ofensiva do Talibã que atingiria a capital e causaria grande impacto sobre os civis. Enviados internacionais ao Catar, no Afeganistão, pediram processo de paz como questão de urgência, como também suspensão imediata dos ataques.

Um oficial de defesa dos EUA disse que o Talibã pode isolar Cabul em apenas um mês e assumi-la em 90 dias.
O presidente norte americano, Joe Biden, decidiu retirar as tropas americanas e deixar o governo afegão lutar sozinho por causa da velocidade e da violência da ofensiva Talibã.
Biden afirmou que não se arrepende da decisão, levando em conta que a Casa Branca gastou mais de US $ 1 trilhão em 20 anos da guerra mais longa da América, além de perder muitos soldados. Biden acrescentou que os Estados Unidos continuam a fornecer apoio aéreo, alimentos e equipamentos às forças afegãs.
Os enviados internacionais que se reuniram com negociadores do governo afegão e representantes do Talibã, afirmaram que as capitais estrangeiras não reconheceriam nenhum governo no Afeganistão “imposto pelo uso da força militar”.
Críticos dizem que a rápida destruição do território controlado pelo governo afegão e a rápida evacuação americana lembram a queda de Saigon durante a Guerra do Vietnã.
Fonte: Reuters